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quarta-feira, 22 de junho de 2011

SHIATSU, ABHYANGA

O Shiatsu é uma prática terapêutica com bases na medicina tradicional oriental e cuja missão principal é encaminhar os seus praticantes para um estado completo de saúde e de bem-estar. Como é conseguido? Através da pressão, com as mãos e dedos, de pontos vitais do corpo, que ajudam a reequilibrar as nossas energias internas, para uma cura natural e progressiva. Aliás, Shiatsu é uma palavra japonesa que significa isso mesmo – pressão (“atsu”) com os dedos (“shi”).

De onde veio?

O Shiatsu tem as suas origens numa prática com mais de dois mil anos de existência – a "Tao Yin" – que, através de exercício físico, técnicas de respiração, massagens e meditação, procurava devolver ao organismo a fluição natural e “ki”, a “força da vida” que, aliás, rege a medicina oriental. Introduzida no Japão por volta do século VI, os japoneses aperfeiçoaram a técnica ao estudar e desenvolver um método muito próprio: o diagnóstico e tratamento abdominal. Conhecido durante muito tempo como “Anma”, o Shiatsu ganhou estatuto próprio ao distanciar-se da medicina propriamente dita e integrar as práticas de fisioterapia e de quiropraxia, aliada às técnicas de pressão exercidas sobre o corpo com recurso apenas aos dedos. No início do século XX, o terapeuta japonês Tamai Tempaku associou os conhecimentos modernos de anatomia e de fisiologia aos métodos de tratamento orientais antigos e obteve o primeiro esboço do Shiatsu como é hoje conhecido – o "Shiatsu Ryoho" deu mais tarde lugar ao "Shiatsu Ho" até ser simplesmente baptizado de Shiatsu. Em 1964, o governo japonês reconheceu o Shiatsu enquanto terapia independente e distinta, tanto da antiga “Anma”, como da massagem ocidental.

De que se trata?

Recorrendo à pressão dos dedos, o Shiatsu trabalha em cima dos canais de energia do corpo (meridianos), numa tentativa de equilibrar o fluxo da energia vital para a vida (o "ki" – que não vemos, mas sentimos), que pode estar bloqueado, em défice ("kyo") ou em excesso ("jitsu") no organismo. Ao normalizar o “ki”, devolve-se ao corpo a capacidade de se defender das doenças, garantindo assim, o seu funcionamento pleno. Isto é conseguido através dos movimentos manuais feitos nos cerca de 365 pontos de pressão, ou “tsubos”, que existem no corpo humano. Saiba que um meridiano com excesso de energia vai apresentar-se tenso e dorido, enquanto um meridiano com falta de energia vai apresentar-se suave e indolor.

A técnica

Trazer o bem estar  com as mãos é a base do Shiatsu, cuja técnica é extremamente simples: o terapeuta utiliza os dedos, os polegares, as mãos e as palmas das mãos, os cotovelos e os joelhos para pressionar, alongar e massagar o corpo nos pontos adequados (“tsubos”) ou simplesmente através de movimentos rotativos com os braços ou pernas. As pessoas (e o corpo humano!) respondem muito bem ao toque, principalmente se este for direccionado para as zonas carenciadas. E é precisamente isso que está por de trás da terapia Shiatsu – ajustar a estrutura física do corpo, assim como as suas energias interiores, de forma a prevenir as doenças e manter uma saúde de ferro.

Os 12 meridianos

Segundo a medicina oriental, a energia (“ki”) percorre o nosso corpo de cima a baixo e vice-versa, seguindo uma linha que se encontra dividida em 12 meridianos pares – simetricamente colocados em cada lado do corpo. São uma dúzia de áreas que, apesar de terem sido baptizadas com o nome do órgão que nela se encontra, possui características orgânicas, mas também psicológicas ou emocionais e que não estão relacionados exclusivamente com esse órgão. Se, por exemplo, o terapeuta lhe disser que o seu meridiano do coração necessita de tratamento, não quer dizer que o órgão-coração está doente, mas antes que precisa de apoio emocional. Existem ainda dois meridianos ímpares, duas “artérias” que percorrem o eixo do corpo – o vaso-anti-concepção (na parte anterior do corpo) e o vaso-governador (na parte posterior do corpo).
  1. Pulmões
  2. Mestre do Coração/Pericárdio/Circulação-Sexo
  3. Coração
  4. Intestino Delgado
  5. Triplo-Aquecedor
  6. Intestino Grosso e Fino
  7. Baço-Pâncreas
  8. Fígado
  9. Rins
  10. Bexiga
  11. Vesícula Biliar
  12. Estômago

O Shiatsu é ideal para…

Não sendo uma técnica que pode trazer o bem estar geral em todos os sentidos da palavra, o Shiatsu é especialmente poderoso quando utilizado em conjunto com outras terapias orientais ou até convencionais. O seu principal objectivo é devolver ao doente elevados níveis de energia, regular e fortalecer o funcionamento dos órgãos, estimulando a resistência natural do organismo contra as doenças e outros problemas de sáude, quer físicos, quer emocionais ou psicológicos. Neste sentido, é mais correcto afirmar que o Shiatsu não cura, mas ajuda a curar, até porque concentra todos os seus poderes curativos na saúde e não na doença. Está indicado principalmente para:  
  • Dores de cabeça/enxaquecas
  • Dores de costa/coluna/pescoço/ombros
  • Dificuldades emocionais (depressão, baixa auto-estima…)
  • Stress/Tensão/Ansiedade
  • Cansaço/Fraqueza
  • Insónias
  • Distúrbios intestinais
  • Perturbações menstruais
  • Problemas respiratórios (asma, bronquite…)
  • Problemas reprodutivos
  • Sinusite
  • Constipações e tosse
  • Tensão muscular
  • Artrite
  • Lesões desportivas
  • Não tratando doenças, e sim o ser humano e o seu bem estar e equilíbrio geral. 

Quais os seus benefícios?

O Shiatsu funciona como catalisador no processo de equilíbrio, sendo que a melhora e o bem estar não é uma experiência imediata, mas sim um percurso contínuo. São muitos os benefícios desta terapia holística, destacando-se uma maior flexibilidade da pele e dos músculos, melhorias ao nível dos sistemas circulatório, digestivo, ósseo, endócrino e nervoso. O objectivo é criar um equilíbrio físico, mental e espiritual; e dotar a pessoa de um maior conhecimento e capacidade de leitura do seu próprio corpo, alertando-a para a importância de um estilo de vida harmonioso e saudável.

Shiatsu vs Massagem

Muitas vezes denominada de “massagem oriental”, e embora partilhe algumas das mesmas características (pressão das mãos no corpo para aliviar a tensão muscular e as articulações presas), na realidade o Shiatsu é muito mais do que uma simples massagem. Isto porque, mesmo que o problema esteja numa zona específica do organismo, o terapeuta trabalha o corpo, ou melhor o sistema energético, por completo.

Contra-Indicações & Efeitos Secundários

Enquanto tratamento para infecções, doenças contagiosas, fracturas ou varises, o Shiatsu não é recomendado, a não ser que seja administrado em conjunto com tratamentos médicos convencionais. Não deve ser praticado por grávidas nos primeiros três meses de gestação. Salvo estas excepções, pode ser efectuado por qualquer pessoa. Em termos de efeitos secundários são raros, no entanto, há quem sinta dor de cabeça, rigidez nos músculos, frio, má disposição, diarreia, maior vontade de urinar, cansaço ou fraqueza após uma sessão. Estes sintomas são passageiros, desaparecendo nas 12 horas seguintes. Para aliviar algum desconforto sentido na pós-sessão, aconselha-se descanso, o consumo de bastante água e que se mantenha agasalhado.

O diagnóstico

Antes da primeira sessão, o terapeuta elaborará um diagnóstico baseado no seu actual problema, historial médico, estilo de vida, hábitos alimentares e de exercício físico. Mas fará também um diagnóstico visual (do seu aspecto geral, tom de pele, postura e forma de caminhar); um diagnóstico auditivo (não apenas se ouve bem ou não, mas também do som da sua voz – se é tímida, tensa, nervosa, alta…); um diagnóstico baseado no toque ou o diagnóstico “hara” (“hara” significa abdómen e esta parte do corpo é alva de uma observação cuidadosa porque, sendo uma zona central, denuncia precisamente as áreas "kyo" e "jitsu").  

Massagem Ayurvédica
   Ayurveda em sânscrito significa, literalmente, ayu = vida e veda = conhecimento. É a sistematização dos princípios da vida, a ciência da longevidade e do viver bem.
Ayurveda atesta que a normalidade deve ser avaliada individualmente, pois cada ser humano manifesta seu próprio e particular temperamento e funcionamento. É uma abordagem preventiva identificando estágios brandos do processo de desequilíbrio e buscando através de diversas terapias restaurar nosso equilíbrio funcional pessoal.

ABHYANGA

Abhyanga significa, em sânscrito, untar, friccionar com óleo. Abhyanga pode ser aplicado pela própria pessoa como automassagem, por um praticante ou, sincronicamente, por dois ou mais praticantes. A ênfase está mais em nutrir a pele. O óleo ao penetrar a pele nutre os tecidos ( dhatus ) e as toxinas sã?;o liberadas. A vantagem principal do uso de óleos medicamentosos na massagem ayuvédica é que suas propriedades curativas são absorvidas no sistema através da pele , em alguns minutos.
A massagem ayurvédica aumenta a circulação dos fluidos vitais e as trocas a nível celular. Experimentos científicos vêm provando que mais sangue circula nos tecidos durante e após fricção e massagem. Também ficou demonstrado que há um aumento de células vermelhas após a massagem. Da mesma forma, a circulação linfática também aumenta. Os resíduos e toxinas, tais como ácido lático nos músculos, são removidos, tornando-os relaxados.
Em Ayurveda a massagem é recomendada como prática diária. Assim como seguimos rotina de comer, dormir e se exercitar, deve-se receber massagempara ajudar a descarregar as toxinas do corpo.
Em Ayurveda acredita-se que dores são causadas pela obstrução do fluxo de prana ( energia vital ) pelos canais siras. Na massagem calor é gerado pela fricção que faz com que os ares do corpo ( vayu ) se expandam e se movam. A circulação desse vayu pelos siras alivía as dores e tensões.
Abhyanga promove uma respiração mais profunda e natural. Nutre os 7 dhatus ( tecidos ) e equilibra os três doshas ( humores ). Feita regularmente relaxa músculos, nervos, juntas. Atua diretamente nos sistemas linfático, sangüíneo e ?nervoso estimulando também o sistema digestivo. Aumenta a imunidade, melhora a digestão e leva a um sono mais profundo e tranqüilo. Remove o stress e tensão dando mais vigor e vitalidade, ajudando assim no processo de rejuvenescimento.

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